O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sexta-feira, 18 de junho de 2010

Código de amor!


Existe um código
Em que as palavras
Se transformam em símbolos.
Um código de amor.
Que deturpa
Toda a veracidade
Das emoções
E que as transforma
Em armadilhas dos sentimentos.
Em que o abismo
Se encontra à nossa frente.
E nós saltamos!
Saltamos para o vazio.
Para o desconhecido
De nós mesmos.
E sentimo-nos bem!
Seguros na nossa ilusão
De bem estar.
É esse silêncio enganador,
Esse momento hipnótico,
Que nos limita.
Que nos amordaça o grito
De libertação da alma.
Fazendo com que as palavras
Não façam sentido.
E nos levem ao limiar
De um irrealismo
Subjacente a toda uma panóplia
De momentos abstractos
Projectados pela mente.
Que nos transformam, simplesmente,
Nos humanos que somos.
Dependentes do amor.


Bravo



4 comentários:

Helcio Maia disse...

Palavras...palavras...
mas que não sejam somente palavras...
que tenham lastro, que tenham vasto sentimento.
E amor é liberdade, não pode trazer dependência. Pois, em sendo amor, só pode libertar.

Maria Carolina S, disse...

lindoo!!
Adorei o final.
Abraço!!

Zélia Guardiano disse...

Versos objetivos, diretos em seu conteúdo e, ao mesmo tempo, tão leves na organização...
Gostei demais, Bravo!
Aliás,como sempre gosto do que escreves.
Grande abraço, amigo poeta!

Anônimo disse...

Olá, meu caro Bravo, quero parabenizá-lo pelo poema e, especialmente, pelo desenho. Bem como os outros, este está muito bom. Você tem um blog só com seus desenhos? Continue poetando e desenhando!
Abraço,

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