O passado na soleira da porta
a espera de seu dono: o tempo
Como folhas secas pelo chão
que se acumulam
e no vento se vão
Passado no correr do tempo
no lamentar das horas
nas rugas que a face
simplesmente abriga
Tempo
senhor da vida
faz do presente
o passado que se ausenta
e que sempre
a espreita
se esgueira nos cantos
nos umbrais
nos portais
da memória.
Ianê Mello
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