Promete-se tanta coisa
sob o efeito analgésico do anizete
Um trenó cheio de presentes
uma casa em Biarritz
Um diamante em discreto anel
promete-se tanta coisa
Na busca do sonífero da hora
ao bater aflito do coração
A solidão compartilhada
Num jardim de desejos
Há que compreender
as juras que nunca se realizam
Quando pela manhã
recolhemos um sapato aqui outro ali
A meia esquecida na sala
e o dia chuvoso em Paris
Ruim demais para todas as coisas
até para apanharmos um táxi.
(Beto Palaio)
4 comentários:
E as juras que fazemos a nós próprios???
Pura traição à nossa vida, ao corpo, à alma...
Pior que estar à chuva, sentir como ela se infiltra em nós...
Pior que o chão gelado que nos faz patinar....
Quebramos as juras, quebramos toda a confiança em nós....
Beijos e abraços
Marta
Belo texto.
bjs
Insana
Muito bonito o texto do Beto Palaio e se comunicou perfeitamente com a foto que o encabeça.
Amor, belíssimo texto!
Obrigada por tê-lo compartilhado aqui.
Bj.
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