O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 20 de agosto de 2011

SÁBADO POÉTICO 10 (20.08.2011) - Facebook - Livre Criar é só criar


Olá, amigos, o sábado poético de hoje será inspirado num dos ícones do Jazz que tive o prazer de assistir a exposição no CCBB/RJ. O grande trompetista Miles Davis.

Este álbum é considerado como uma de suas melhores produções, com oo que eu conconcordo. 




Num momento de descontração...




Arrasando num solo




Com a atriz  francesa Jeanne Moreau quando fe a trilha para o filme Ascensor para o cadafalso de Louis Malle.




“Uma lenda é um homem muito velho com uma bengala, que é conhecido pelo que fez. Eu ainda estou fazendo.”
                                                                                                  Miles Davis


              **************************************************




Um blues voa na tarde, (s)Miles pousam jazziando Davis.

Ydeo Yoga




Miles Cool-jazz ( homenagem ao músico inovador do jazz norte-americano,Miles Davis)

Som marcado e macio
grandes vibes performáticas
eu escuto
e deliro
hum..vibes poéticas, sintéticas, ultra-modernas
Davis..te insere assim macio no meu ninho de amor
jazz-homem-cool!!!!

Giselle Serejo 




SAUDAÇÃO A MILES DAVIS

São 3 horas da manhã,
Teu sopro inumano, claro e táctil
Ecoa pela sala vazia
Bebo à tua saúde, que já não mais há
Encomendo-te um solo que não me pudeste dar
Rogo-te uma balada que não me quiseste soprar
Embalo-te, então...
As minhas mãos de acalanto são frágeis e pantanosas
E me respondes com outro falsete breve
Evoco-te no meu pensamento emparedado,
E me assombras com outra baforada de lâmina
– What’s Up?
É a voz do teu negro orgulho, indócil, acuado...
– E daí?
Pergunta o semideus de pés de barro,
Antes de sucumbir ao chamado de Dionísio,
Antes de mergulhar nas profundezas de Hades,
Qual um Orfeu tardio e inacabado.
Miles, Miles, onde está a tua lira?

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 Erico Cordeiro
(Publicado originalmente no blog Jazz +Bossa: http://ericocordeiro.blogspot.com/search/label/Horace%20Parlan)




MILHAS E MILES

A milhas e Miles
Ao sul do Mississipi
Foi criado
Miles Davis;
O boxeur que
fez as pernas
do Jazz dobrarem-se
diante dele.
Com seus
Trompetes
Feitos sob
Medida,
E Seus ternos
Bebop,
Miles soprou
de todo jeito
Nas noites geladas
De solidão.
E até mudando
o humor dos franceses.
É mais um daqueles que
Parecem ter sempre
Existido ,
Mesmo antes da gente
Nascer.
Beijava o trompete na boca
E todo mundo se apaixonava
Por eles.
Uma dupla Imbatível
Que aqueceu os
Ventos Gelados
do Mississipi...
E com Suas notas azuis
Continuará entre nós
Porque quem é nascido
Não morre,
Apenas colore
a música
que entra pelos
nossos ouvidos
e nos tornam
pessoas melhores.

Eduardo Minc




O HOMEM E O MITO (Homenagem a Miles Davis)  


Miles, o homem por trás do mito
polêmico e inovador
vítima da  discriminação racial
No boxe buscava sua luta
em fortes golpes contra sua dor
No trompete seu grito fazia ecoar
mostrando ao mundo todo
-posso vencer apesar de ser negro.
Em suas notas potentes e sensíveis
numa catarse de emoções
sua alma era exposta sem limites
numa química perfeita
o homem e o mito
em uníssono
equilibravam suas vozes.
Deixe ecoar por esse recinto
suas notas claras e precisas
penetrando em meus poros
aguçando meus sentidos
Sopra seu solo em minha solidão
num longo falsete
me transpondo a outras esferas
em matizes de azul e verde
Sob a lua me inebria
com seu cool jazz.


Ianê Mello




O QUE DIZER DE DAVIS?

E o que falar daquele 
que pelo belo dom da vida pôde criar 
melodias, eternizadas para o jazz...
Não, não sei sua história...
Apenas o vi tocar...
E digo que, por agora
apenas isto me basta...
Vida...
Vida concreta...
Vida aproveitada...
Foi o que senti enquanto 
O assistia...
Que bela magia 
entre os dedos,
o corpo, 
o instrumento
E o restante do mundo (eu) que
em euforia apreciavam 
a melodias que esvaindo
por esse conjunto de coisas.
E ai... 
o que falar?
Posso dizer que nada e tudo!
Pois até o nada seria capaz de dizer 
alguma coisa sobre essa maravilha
de Músico-pessoa!

Vanessa Vieira






Sopro de Miles




pelo sopro, pelas cordas
a música pauta no azul
sóis nos dedos do poeta: jazz

o corpo em contrapartida 
dança no compasso do blues 
em notas despe mistérios

a luz vibra na garganta
e vira sol 
só no sopro do jazz




Luiza Maciel Nogueira 





OUVINDO -  Miles Davis

Ah, como é bom ouvir o jazz!
Relaxar e voltar a ser livre
Liberdade de voar sem destino
Ser uma andorinha em um dia nublado
Sozinha.
Voaria sobre as montanhas
Em movimentos a bailar
Dançando como uma bailarina
Livremente e suave.
Dentro de mim somente notas musicais
Tocadas em um piano com um fundo de trompete.
Romântica e perpétua.
Espaço e tempo
Sem pressa de chegar.
Cabelos presos e iluminados
Linda como a noite
Cercada por estrelas
Brilhando em meus sentidos.

Jana Valentina 

2 comentários:

Vanessa Vieira disse...

Fantástico, maravilhoso e gracioso... Quantas faces da música pude ver nos poemas lidos acima... Parabéns a todos que participaram. Todos os poemas estão belíssimos!

Ianê Mello disse...

Obrigada pela atenta leitura.Volte sempre.
Bjs.

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