O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Diálogo Poético - Amy Chauvin Mil-Homens e Ianê Mello







Por minhas ladeiras abaixo...

Se no meu interior fosse verão
não me importaria com essa tempestade
que desagua hoje em mim
Porém, ela vem densa, vem tensa…
A umedecer minhas planícies,
meus solos férteis,
a desbravar meus mistérios contraditórios
e verbos in(vertidos)…
Precipita-se tal qual uma avalanche
ousada e urgente
a sorrir da moldura que faz em minha anatomia...
Então, deixo-me decifrar
em arrepios de cala(frio) dessa gélida e inexplicável
úmida sublimidade…


Amy Chauvin Mil-Homens


Sem molduras


Palavras da alma
lavam o corpo
em águas profundas...
mergulho no ser...
pulsar de emoções
que desaguam
em mares
em turvas águas
para renascer mais pura
mais limpa
nua...
liberta de amarras
sem molduras
sem limites

...

inteira.



Ianê Mello

2 comentários:

Ale disse...

Chove!

Não tem coisa mais terna pra mim,


Chover!

Marcelino disse...

Um poema de ladeira acima esse de amy Chauvin: muito intenso, bonito. igualmente belo é o eco que reverbera no texto de Ianê Melo. Belo diálogo.

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