O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Diálogo Poético - Enice de Faria e Ianê Mello




Ah! Solidão que me mata
lentamente como uma sombra
que turva o meu olhar
me envolvendo num manto
de névoa densa e secretamente
faz a minha alma soluçar...
A falta do calor de um abraço,
da doçura de um beijo,
da ternura de um carinho,
reflete nas noites
insones visitadas por fantasmas,
o coração aos saltos
vislumbra clarões na escuridão,
raios que prenunciam
tempestades. Sintofrio
e solitária nem me aqueço,
me falta combustão na alma exangue
e ressequida por sua ausência!


Enice de Faria



VAZIO IMENSO


Solidão...
fome de tudo
fome de muito
fome de sempre
eterna fome...
presença tua
resgate nosso
amantes únicos
apartados no caminho
dor que dói
na alma dentro
atrelada a anseios
que permeiam vestes
sombras e névoa
querência sem fim
amargura densa
aprisionada
em Mim.


Ianê Mello



(Pintura de  Jean Jacques Henner )

Um comentário:

MARILENE disse...

Como são ricos os versos! Desenvolve-se o mesmo tema com estilos diversos e um único fundamento.
Ficaram, ambos, lindos.

Bjs.

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