O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Vozes em madrigal - QUARTA-FEIRA DO AMIGO OU AMIGA




Flor do Nepal ( à minha amiga Ianê Mello )

A beleza e raridade da tua alma é algo imortal
mesmo que vás ficarás
para sempre no meu mundo construído em linhas pré-moldadas
todos os encantos estão nos teus raros cantos
ajudante extraordinária, bufante do Rei de Pasárgada
Sem voçê quem eu seria? apenas mais uma avis raras
solta no campo do sem-fim
Prezo e compareço sempre que me chamas( sempre? não sei..o tempo...é miserável para os homens de pouca fé )
mas..dou fé no presente
Amar é amplo
sentimento farto
gosto de viver e reconhecer no amar
o dom de existir para compartilhar. 
Te amo amiga.

Giselle Serejo


Poema para todos 

Que a nossa amizade nunca morra
Seja a construção boa ou ruim vão em frente isto sim
que a Poesia seja nosso cálice de ouro, Santo Graal
que o mundo se exploda e a gente sobreviva
para encantar o resto da tribo que sobrou 
Que com o passar do tempo
cada momento seja vivido intenso
coerente dentro da incoerência de nós humanos
sejamos dignos de nós
sigamos mesmo quando alguem nos desagradar
conte ate mil( mil?..ok...999 está bom )
mas não deixes escapar o momento
lembra do poeta? sim aquele mesmo que voçê pensou
" o instante existe" e a nuvem passou
mais ficaram todos aqui bem postados e envolvidos pelo meu coração!

Giselle Serejo


Secret Friend

Graças eu dou à Deus por te-lo conhecido em dias nublados
jardim secreto, amor concreto entre nós
irás existir para sempre em mim
pássaro sofredor de amor...
as ruaszinhas de pedra e os passeios galantes
vamos ainda fazer podes crer

Amor que sente
ser vivente constante
Trilha encantada bem no meio do caminho
me esperas?
Eu te espero.
teamoteamoteamoamo-te.

Giselle Serejo


Samuray azul-amalelinho ( ao amigo Ydeo Oga )

Amigo assim posso te chamar porque és para mim
compartilhante das ficçoes de crianças e adultos
cantante pássaro voador dos altos montes
quando pouas é para en-cantar e en-toar os mais belos cantos
objetivos, concisos, precisos.
Em minha lembrança ficarás para todo o sempre
até que eu me vá e dái em diante nada poderei escrever
somente sentir e te ver.

Giselle Serejo

Romã (para amiga Madalena)

se eu pudesse ainda dar-te um fruto
enchia o meu regaço de romãs
tu escolhias uma: a tua metáfora
a que tivesse a carapaça mais rosada, a tua casca
que aguentou todos os embates
sem partir
sem quebrar
a que viveu a morte
o sofrimento
do teu filho
sem um soluço evidente
quando engoliu as lágrimas
para dentro da casca da romã
e transformou todas as bagas
uma a uma
numa baga
uma baga bem escarlate
da cor do sangue
que saiu do teu corpo
no momento em que o pariste

para ti vai este poema
que eu queria escrever
não sabia como
sobre a romã
símbolo da tua fertilidade
só tu o inspiraste
no dia
em que partiste
a casca da romã

Maria Fernanda Morais

Para minhas amigas

as meninas tinham bibes brancos e rodados
para ficarem sem nódoas
nos vestidos bordados
nos brocados
à volta da cintura não vincada
um laço de pontas compridas bem armado
em redor dos ombros folharecos
a pontos de zig-zag rematados
no tempo das cerejas faziam delas
brincos para enfeitar as orelhas
na cabeça um chepéu de palha fina
com flores multicolores
e fitas de seda
a enfeitar os cabelos alourados
com chá de camomila
o de tília era tomado com biscoitos
amansava as meninas
em momentos mais afoitos
brincavam ao sol às princesas
com bonecas de celuloide
trazidas de fora por primas francesas

as meninas donzelas não sabiam que a cor das cerejas
que lhes corria nas veias
podia manchar as roupas brancas
rodadas e engomadas
no outono, no inverno e no estio

as meninas prendadas
choravam e tremiam
porque não podiam sujar
as roupas brancas rodadas

Maria Fernanda Morais

Menina lilás (para Giselle Serejo)

Flerto com a tua paisagem bela amazona
Desde que abriste para mim a porta do teu jardim
Passeio entre perfumes e aromas
Verdes e sabores dentro do meu coração
O teu colo aconchega e afaga
Plumagens e vida viva que acariciam
Tu és o caminho da primavera
A enfeitar meus dias de flores e cores!

Ydeo Oga





Cores e letras telúricas (para Sonia Braga, renascida, reinventada e sempre valiosa amiga em quarta-feira dos amigos)

Ao mesmo tempo que
pincéis e tintas acrílicas
teimam em refletir
em minha retina
um profuso arco-íris,
tornando-me
prosa colorida;
enquanto letras
costuram e são costuradas, 
ganhando texturas, formas
e matizes, 
feito amiga Sonia
de palavras preciosas
emoldurando telas, 
eu redecubro em mim versos,
e dou colorido 
à minh`alma,
libertando meu coração
do labirinto monocrômico
e me transformo aquarela.
de estrofes e rimas

Amy Chauvin Mil-Homens



Menina Matreira (para minha amiga Giselle Serejo)

Menina-mulher de rara beleza
um coração repleto de amor
na alma um único desejo
ser amada
Amiga jamais esquecida
cultivada a distância
dos meus dias já faz parte
com suas palavras de carinho
e demonstrações de afeto
De amar não se envergonha 
declarando em alta voz
o que o coração sente
A ponte da amizade
que entre nós se fez
ameniza a ausência
na distância que nos separa

Ianê Mello

A um amigo ausente

depois de todas as viagens que fizemos
meu amigo
como to hei de dizer agora que te recordo
é por dentro 
quando a ausência quebra o selo da dor
o teu corpo
é o punho de uma ideia apenas abstracta
os sons
contigo agora sobra-me o universo dos sons
a festa
era contigo que acontecia e comigo e convosco
meu amigo
depois de todas as viagens que fizemos
escrevo
não te ressuscitam as palavras que escrevo
viveste

Antonio Castanheira


















Omega Star  - para o Amigo K. Silva

Eu quero dobrar um poema
Que forme você.
Que o module em partes suaves
E ilustre essa beleza tímida
Que me invade.

Eu quero formar uma poesia
De doze pontas masculinas
Mas frágeis como o menino
E arrojadas como o homem
Que você é.

Eu quero fazer uma figura
Que mostre o teu jeito
Que a cada parte revele o sujeito
Escondido dentro de ti
Que sonho em mim.

Eu quero congelar essa forma
Em lápis, nanquim e tinta
Com mãos de artista esculpir
E em meu Coração para sempre
Guardá-la.

E então, te deixar seguir...

Giane Coruja




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