Meu corpo é uma muralha que dura;
Meu corpo, uma árvore velha que existe.
Sou feito do carbono, sim, mas também
Do pó que os séculos juntaram sobre outro pó.
Porém minha alma, essa é filha do impalpável, dos
anseios mais recônditos, das horas de imaginação.
anseios mais recônditos, das horas de imaginação.
Minha alma, a folha que se destaca do galho,
O sol que vem pra consolar a chuva e sorrir aos animais.
(Ó minha alma amarelecida, quão delicada é a sua
aparência!).
aparência!).
Sou, portanto, feito do carbono, sim, mas
essencialmente, mas principalmente
essencialmente, mas principalmente
Do sopro milenar de todas as existências,
Forte, vigoroso e verdadeiro.
RODRIGO DELLA SANTINA
7 comentários:
Boa noite, Ianê. Já estava com muitas saudades do seu cantinho, que pra variar continua encantador.
Belo "Diálogo Poético".
Bjs. em seu coração. Bom fim de semana. Com carinho,
Lena
Visitei seu blog por curiosidade feminina, e nele fiquei por encantamento presa aos belos poemas. Como é bom encontrar a arte personificada por pessoa cheia de sensibilidade e emoção.É puro prazer...
beijos,
Léah
Belo texto, poetisa! Abraço!
Muito bom esse texto do Della Santina: diz uma verdade essencial: somos parte do Cosmos, filhos do Cronos.
Olá, Lena, Leah, Camila e Marcelino! Muito obrigado pela visita de vocês! Fico muito contente que tenham apreciado meus versos!
Grande abraço a todos!
Olá Ianê, achei muito interessante e diferente o seu blog e gostaria de saber como faço para participar de sua proposta tb. A propósito, adoro Lao- Tsé. Abraços, Milene.
Obrigada, amigos, pela calorosa presença.
Parabéns, Rodrigo, pelo belo poema.
Beijos à todos.
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