Minha cama macia e quente
me convida ao doce sono
mas meu coração
não se aquieta
não se entrega em abandono
Pensamentos me acometem
e me tomam de assalto
como nuvens escuras
que se avolumam no azul do céu
A tempestade se anuncia
como encontrar a paz que anseio?
Meu corpo dorido e cansado
deixa marcas no colchão
Levanto contrariada
É o que me resta no momento
Encontrar algo a fazer
que leve embora esse tormento
Nessas horas eu encontro
na poesia minha salvação
e a ela me entrego
de corpo e alma
As palavras bailam na tela
num vai e vem constante
em rodopios e saltos ...
Às vezes fazem sentido,
noutras, acho que não
Mas o que importa?
Varro da minha mente
a poeira do passado,
as auguras do presente
e quando enfim acabo
deito meu corpo e adormeço...
Ianê Mello
4 comentários:
Essas noites 'reviradas', em que o coração não deixa a mente repousar...
É verdade, Alê.
Quem já não teve várias dessas noites, não?
Bjs.
Ianê: Lindo poema, mas essas noites reviradas que não deixam repousar a nossa mente porque estamos a pensar na pessoa que amamos e que está ausente.
Beijos
Santa Cruz
Olá, boa tarde!
Gostei tanto tanto daqui. Intruso, espaçoso que sou, já li, "fucei" e reli cada texto bom! Voltarei mais vezes, pretendo. Gosto de blogs assim, inteligentes e iluminados. Sinto-me a viajar, com os pés no chão. É muito gratificante poder dizer isso: como as palavras podem nos fazer ir tão longe e tão dentro do coração da gente. Acho que nasci poeta, pois sinto isso, sinto as cores,os ruídos que dão alma às palavras. E jorra poesia, q escorrer aos quatro cântaros... É a vida, é bonita... Vale a pena acreditar nela, sem medo das verrugas, ao contar as estrelas!
Mega abraço,
João Ludugero.
P.S.: quando puder, visite meu blog. Se gostar, por gentileza, me "persiga".
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