O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sexta-feira, 2 de março de 2012

Diálogo poético: Ianê Mello, Luis Lima e Joaquim Vale Cruz





FLAMEJANTE VERSEJAR



versos que precisam do desgoverno
do caos das palavras
da inquietude...

...


versos que flamejam
inflamam


...


por não caberem em si.



Ianê Mello


*


Crédito de Imagem: Pintura de Frida Kahlo 



“””””””

a mão
e não
único
um gesto de afago
a converter
qualquer intento
do caos à quietude


e mais temerário
um outro gesto
o intuito contrário
a devolver ao brilho
a tese enevoada
da tua estrada
um filho
à magnitude

“””””””
“”””(luis lima)


O caos do poema é eterno
fruto do seu próprio desgoverno
e das torturas que causa a quem o faz
Pois a sua inquietude é tão ardente
que nos inflama a vida impunemente
mas que ao nascer, dos trás a paz

E nessa fogueira, sarça-ardente
Em que arde em chamas como gente
Solta ais, sofre dores e tais tormentos
Que desse parto ingente nasce a dor
Nascem também versos de amor
E o poeta extravasa sentimentos

JVC – FB - 2012-03-02

Um comentário:

Saozita disse...

Querido amigo, que lindo diálogo poético, obrigado pela partilha.

Tem um lindo fim de semana.

Bjs

Sãozita

Related Posts with Thumbnails