O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
DE COMO CAEM (NASCEM) OS ANJOS...
Descolo o rosto da máscara
E não me acho
Concha vazia
Reverbera o eco do silêncio
Tombos macabros
Engraçados,
Trapezistas e palhaços
Os sobreviventes da lâmpada!
Gênios e fadas
Esfolo o joelho nas asas do corvo
No eclipse, a sombra me cega
Eu escureço e viro anjo...
Lou Albergaria
Máscaras que encobrem a face
pelo tempo calcificadas no rosto que as abriga
Existirá ainda o mesmo rosto por detrás das máscaras?
Ainda existirá sequer um rosto humano
ou será uma mera junção de todas as máscaras sobrepostas?
Em que momento deixamos de sermos nós
e nos tornamos esse outro, esse estranho ser
que por vezes sequer reconhecemos?
Ianê Mello
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5 comentários:
Lindo, Ianê! Dialogar contigo é sempre divino!
Também sinto falta dos diálogos.
Beijos!!!
Espero que ao tirarmos as máscaras, em frente ao espelho, ainda nos consigamos reconhecer!
Beijinho
Grandioso, parabéns !
Lou, voltemos a dialogar sempre que pudermos. Grande beijo.
MM e Cria, feliz pela presença de vocês. Bjs.
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