O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 18 de junho de 2011

A DANÇA DA VIDA

SÁBADO POÉTICO(01) - Poesia Interativa através da imagem.

 SÁBADO POÉTICO no facebook no grupo " Livre Criar é só criar".



Pintura de Wladimir Kush


Gostaria de propor a vocês para a nossa primeira postagem, uma poesia interativa.
Vai ser como montar um quebra-cabeças. O objetivo dessa postagem é uma poesia interativa, onde cada um posta seus versos procurando complementar os versos escritos anteriormente.
Vamos tentar fazer uma poesia em conjunto até que cheguemos a um final que faça sentido ao juntarmos todas as peças. 
Gostaram da idéia? Então vamos lá. Mãos à obra.

A imagem proposta é a pintura de  Wladimir Kush.


Vamos dar asas à imaginação...


Sátiros flamejantes
Faunos travêssos em labaredas
Incendeiam-me a alma
Essa flor impetuosa
Transmutada em fogueira ...

O calor dos corpos em profusão
numa dança que irradia
como lavas de um vulcão
em flor incandescente
labaredas de paixão
em vôos de liberdade 

Por isso resolveram
Pegar carona no vento
Para conhecer o mundo. 
Passaram por vários lugares
E são meros facundos
Que criam raízes aos milhares

anima-os o sol, o vento,
o beijo fecundo das abelhas,
a lua que lhes transmite alento;
ao chegar a aurora jardineira
polvilha-os com líquidas centelhas,
gotículas de vida passageira
que os seus braços feitos telhas
transportam à terra sedenta ...

Alçadas na brisa que as rodeia
Luminosas partículas da fogueira
Espalham-se ao vento sem alarde
Rastros que a tudo incendeiam
Propagam essa paixão à eternidade

E neste dançar pulsante
Entre línguas flamejantes
Levadas ao sabor do vento
agradecem a Deusa Lua
tão benfazeja alegria
deste solstício fecundo 

E nessa dança atrevida
A quem chamamos de Vida
Bailam Eros e Tanatus
Lutas da Vida e da Morte
Nesse fogo arrefecido
Crescem novas labaredas
Que com paixão e com sorte
Dão-lhe de nôvo sentido

E a vida em eternos floreios
dançares em comunhão
em corpos que se harmonizam
criando o Tao do amor
tendo como coadjuvante
a natureza complacente
que a tudo observa com fervor 

Se a vida me sorri
pétalas de fogo
entrego ao partir
laços eternos quebrados
frágeis enlaces
tornam-se pó  
redemoinhos na estrada
fim.


Diálogo Poético: Ricardo Daiha, Ianê Mello, Nilton Pavin, Pepe da Néte, Enice de Faria, Lou Albergaria

6 comentários:

RICK DAIHA disse...

IANÊ, *A DANÇA DA VIDA* ficou, realmente, um lindíssimo poema: nem parece ter sido feito por
muitas mãos, várias cabeças, simultaneamente ; demonstra isso a coerência, a maturidade, a coesão e união de seu Grupo,junto à sua liderança e carinho. Um belo feito!
E seu título, ... é perfeito!
Está de parabéns, estão todos de parabéns !
Beijos, Ricardo Daiha

Edna Lima disse...

Lindo a dança desta sua poesia.
Bjs. Edna.

Ianê Mello disse...

Sim Ricardo ficou lindo e totalmente harmônico. Houve uma sintonia perfeita entre os participantes.
Faremos muitos outros, com certeza.

Bravo à todos!!!!

Grande beijo.

Ianê Mello disse...

Obrigada Edna. Dança de 5 componentes num balé perfeito de versos.

Bjs.

Lou Albergaria disse...

Lindo diálogo! Ótima ideia!

Beijos a todos! Não resisti e deixei minha contribuição.rsrs

Ianê Mello disse...

Claro Lou, você é sempre bem vinda. Bjs.

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