Acordo (ainda é noite) na escureza
Do quarto e vou às cegas procurando
A maçaneta, no tempo quando
Numa barra de ferro acerto a testa.
Com sono, dolorido, sem contexto,
Caio, bunda no chão, imaginando
Que diabos uma grade atravessando
Faz o meu quarto, como eu fosse preso.
Procuro o interruptor; e quando o encontro
Aperto-o e luzes vêm de todo canto.
’Stou dentro de uma jaula, qual cobaia.
Fora, a me cingir, há três homens brancos,
Sem faces, ansiosos, como santos,
’Sperando que a Loucura de mim saia.
RODRIGO DELLA SANTINA
5 comentários:
Esse blog eu não conhecia. Muito bom e de bom gosto! Estou seguindo e volto com tempo para degustar.
Um ótimo fim de semana a ti!
Un placer leer tan hermoso poema. Cuidate.
Uau!!! Que belo poema, amigo Rodrigo! Sempre uma alegria ler-te. Agradeço por continuares a postar nos Diálogos Poéticos.
Bjs.
Estupendo soneto! Ah, se não fosse a loucura dos poetas a compor tão belos versos@ Ler-te causou-me intenso prazer!@
Seguindo seu blog!
Se puder siga-me!
Outro sim, permita-me postar textos teus em meu blog,será uma honra!
Abçs!
http://www.blogger.com/blog-this.g
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