O REVERSO DO CORTE
Assim a pele roça a carne nua
exposta a feridas entreabertas
exposta a feridas entreabertas
Não há rosas sem espinhos
e fere a rigidez no amor que cala
e fere a rigidez no amor que cala
fluído que escorre sem sutura
vermelho sangue
corte profundo
marcas indizíveis
na fenda de desejos obscenos
a carne é fraca e cede
a sede que devora
a garganta seca
as mãos que anseiam ávidas
sem demora
encontram seu conforto
no colo que as acolhe
o corpo se encolhe
em lânguidos prazeres
no vértice entre as pernas
perde-se em delícias
Ianê Mello
(02.09.12)
as mãos que anseiam ávidas
sem demora
encontram seu conforto
no colo que as acolhe
o corpo se encolhe
em lânguidos prazeres
no vértice entre as pernas
perde-se em delícias
Ianê Mello
(02.09.12)
A carne nua em ferida entreaberta
é sonho doce, que logo o amor desperta
e a rigidez que essa sensação nos traz
é sonho doce, que logo o amor desperta
e a rigidez que essa sensação nos traz
desperta desejo obsceno que tanto satisfaz
Então a fenda aberta que escorre sem sutura
rosa, vermelho sangue, que o tesão apura
em seu corte profundo de marcas de prazer
torna a carne fraca em terno enlanguescer
E a sede que devora nossa seca garganta
encontra seu conforto e o pudor suplanta
e as mãos que ávidas anseiam, sofrem na demora
aguardam os afagos, que o outro amante implora
É então que o corpo em lânguidos prazeres se encolhe
e no vértice entre as pernas o cetro flamejante acolhe
Porque os dois felizes amantes inventam tais delícias
e em expressões vibrantes se perdem em carícias
Joaquim Valle Cruz - 2012-09-02
Então a fenda aberta que escorre sem sutura
rosa, vermelho sangue, que o tesão apura
em seu corte profundo de marcas de prazer
torna a carne fraca em terno enlanguescer
E a sede que devora nossa seca garganta
encontra seu conforto e o pudor suplanta
e as mãos que ávidas anseiam, sofrem na demora
aguardam os afagos, que o outro amante implora
É então que o corpo em lânguidos prazeres se encolhe
e no vértice entre as pernas o cetro flamejante acolhe
Porque os dois felizes amantes inventam tais delícias
e em expressões vibrantes se perdem em carícias
Joaquim Valle Cruz - 2012-09-02
*
Pintura de Salvador Dali
Nenhum comentário:
Postar um comentário