POEMA PERDIDO
No fundo do poço
em sonhos dormentes
perdido no imaginar
na sede que cega
a fonte inteira adormece.
O fogo da saliva
em beijos jamais esquecidos
ensaio de línguas
onde o espelho é romance
na faca o corte.
O batom no guardanapo
no cio o desejo
mãos tateiam inalcançáveis
com um gosto de sal
momentos dispersos ao nunca mais.
Volúpia de amores gris
mergulham em viagem desconhecida
emaranhados em teias
ao sorver horas infindas
na tessitura da carne que fraqueja.
IANÊ MELLO E BETO PALAIO
(10.09.12)
*
Pintura de David Jay Spyker.
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