Diálogos Poéticos
O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
FONTE FECUNDA
Entremeados verbos
obscuro sentido
na lucidez da trama
palavras que são véus
nas entrelinhas
teias de segredos
improváveis de decifrar
mescla entre real e imaginário
variáveis as vertentes
alimentam-se de si mesmas
num processo de recriar-se
contemplam a eterna sede de existir
In Tessituras e Tramas , Editora Verve, 2013
Ianê Mello.
Quem se interessar em adquirir um exemplar basta acessar o link:
http://www.livrariareliquia.com.br/tessituras-e-tramas.html
* Foto de Felipe Abrahão Monteiro no Pelada Poética No Leme.
sábado, 16 de novembro de 2013
O JOIO DO TRIGO
Há que separar o joio do trigo
O fruto bom do apodrecido
O homem honesto do salafrário
Há que separar o direito do avesso
O ciúme do apreço
A paixão do amor
A honestidade do falso pudor
Há que separar o verdadeiro do falso
O bem calçado do descalço
O real desejo da luxúria
O lado animal da criatura
Há que separar o falso brilhante da jóia verdadeira
A sobriedade da bebedeira
O erro do ledo engano
O supostamente sagrado do profano
Há que separar a liberdade da prisão
A mão direita da contramão
O verdadeiro amor da obsessão
O verdadeiro sim e o disfarce do não
In Tessituras e Tramas, Editora Verve, 2013
Ianê Mello.
Lembrando que esta e outras poesias estão no livro Tessituras e Tramas Tramas, recentemente lançado pela Editora Verve e a venda na Livraria Relíquia (http://www.livrariareliquia.com.br/tessituras-e-tramas.html
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
TEMPO ADORMECIDO
Guarda teu sorriso no tempo da espera
fruto adocicado em plena estação
Guarda tua palavra na placidez do tempo
amanhecida flor que se abre em botão
Guarda teu amor no peito adormecido
aquecido no fogo fátuo da ilusão
Guarda teu abraço na ternura antiga
agasalhado na esperança que não finda
Guarda-te por fim inteira e intacta
que o tempo não espera e não perdoa
nas horas mornas em que passas debruçada a janela
enquanto a vida lá fora lhe convida a dançar
In Tessituras e Tramas , Editora Verve, 2013
Ianê Mello.
Quem se interessar em adquirir um exemplar basta acessar o link:
http://www.livrariareliquia.com.br/tessituras-e-tramas.html
terça-feira, 24 de setembro de 2013
As flores de meu bem.
a cloud hanging over me
branches smile
Finally!
the post reflects on osmosis
particularly every leaf falls
saddened with your order
the drain runs fresh water
one day served.
monosyllabic garden
seems to be at its end
land birds in the garden
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