POEMA DO VIVER
Quando me vejo assim meio sem jeito
cheia de dedos e de dados
Quando me vejo assim meio sem jeito
cheia de dedos e de dados
a vida num jogo apostado
um jogo pra ser bem jogado
e eu, ali, mãos indecisas
a tatear nas sombras
em pernas que tropeçam
chão de pedras
pés descalços
quando me vejo assim meio sem graça
sem viver a vida
apenas de passagem
moça, na janela
em viagem
meus lábios repetem em uníssono
as canções de distâncias volúveis
porém imorredouras
Olho para mim mesma e digo:
-Purifica seus enganos, moça!
Cala a vida que te soluça!
Fecha teu diário de folhas rasas
e imita o sol que suga das flores
o mais secreto perfume
o desejo sincero de viver
Ianê Mello e Beto Palaio
*
Foto de Julie de Waroquier
um jogo pra ser bem jogado
e eu, ali, mãos indecisas
a tatear nas sombras
em pernas que tropeçam
chão de pedras
pés descalços
quando me vejo assim meio sem graça
sem viver a vida
apenas de passagem
moça, na janela
em viagem
meus lábios repetem em uníssono
as canções de distâncias volúveis
porém imorredouras
Olho para mim mesma e digo:
-Purifica seus enganos, moça!
Cala a vida que te soluça!
Fecha teu diário de folhas rasas
e imita o sol que suga das flores
o mais secreto perfume
o desejo sincero de viver
Ianê Mello e Beto Palaio
*
Foto de Julie de Waroquier
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