Se não posso mais cantar
de que vale o céu azul
e o sol sempre a brilhar?
de que serve o pulsar do coração
e as noites de ameno luar?
de que vale o céu azul
e o sol sempre a brilhar?
de que serve o pulsar do coração
e as noites de ameno luar?
Se não posso mais cantar
de que vale esse olhar infindo
e as mãos soltas no ar?
de que serve o intenso sentir
e as estrelas a cintilar?
de que vale esse olhar infindo
e as mãos soltas no ar?
de que serve o intenso sentir
e as estrelas a cintilar?
Se não posso mais cantar
de que vale as conchas vidradas
e o mar viveiro de vagas?
de que vale os sonhos de verão
nos compassos da melodia que se apaga?
de que vale as conchas vidradas
e o mar viveiro de vagas?
de que vale os sonhos de verão
nos compassos da melodia que se apaga?
Se não posso mais cantar
de que vale o sorriso perdido
e a onda a beijar meus pés?
de que vale a primavera
em flores despetaladas ao chão?
de que vale o sorriso perdido
e a onda a beijar meus pés?
de que vale a primavera
em flores despetaladas ao chão?
Se não posso mais cantar
de que vale a canção no jogral dos rios
e o assoviar das areias nas dunas?
de que vale as doces horas
da rosa que se abre em pétalas?
de que vale o rio sem mar
se eu não posso mais cantar?
de que vale a canção no jogral dos rios
e o assoviar das areias nas dunas?
de que vale as doces horas
da rosa que se abre em pétalas?
de que vale o rio sem mar
se eu não posso mais cantar?
BETO PALAIO E IANÊ MELLO
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Pintura de Felix Mas
Um comentário:
Lindo versejar! Adorei o blog! vou te seguir!Abçs1
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