Não deixe de ilustrar seu poema.
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Insano Pensar
Noite,
Vida passa pela mente,
Corpo sente o dia,
Alegrias e tristezas se confundem,
Desejo pronfundo,
Consciente e inconsciente,
Na alegria quero viver.
Tensão,
Bocas falam pelas costas,
Vozes pensam não serem ouvidas,
Sempre são escutadas
Covardia latente,
Falta de fé,
Falta de esperança,
Ser humano que nada quer
Pensa que tudo pode
Desperta a tristeza
Desfaz laços de amizade
Sabedoria impopular
Quem se esconde nada quer
Quem quer não se esconde
Perturba minha mente
Ingratidão indolente
Tristeza constante
Falsidade aboninável
Saudável é o dia
Nada se esconde
Em tudo há brilho
A vida em seu lugar
Festas populares
Alegria em todo lugar
Insano pensar,
Sem caminhos a alcançar,
Somente na ilusão a despertar.
Só quero viver
Na alegria do dia
Na felicidade da noite
Sem falsos profetas
Sem desgraças ocultas
Sem intrigas a incomodar
Onde será este lugar?
Ildo Silva
Rasga garganta
extirpa as vocais
lirismo sumiu
foi para uma sigla PQP.
Giselle Serejo
Ilhada em palavras
rompido o lacre
sem disfarçes
tudo na mais bela arte
Giselle Serejo ( Raiva)
Cheia
Chega de ouvir vozes
não amoles a faca corta
chega estou exausta
não enche
esvazia a mente
Giselle Serejo ( Exaustão)
Boca calada
não quero nada
visgo da terra
mela minhas cordas vocais
Nada mais consinto.
Giselle Serejo (Desilusão)
..............................
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
?????????????????
SÓ na zona neutra.
Giselle Serejo (Solidão)
A minha nunca foi pequena
amor tenho muito está vivo e respira
lateja e suspira
amo.
Giselle Serejo (Amor)
Tremo por ter sido
sem aviso prévio
veio o medo
presa fiquei no labirinto do Minotauro sem o fio de Ariadne.
Giselle Serejo (medo)
Andarilho da Noite
Na escuridão da noite
A Lua ilumina os caminhos
As sombras escondem segredos
Seres da noite a toda volta
Cães e gatos a passearem
Caminho sem nada perceber
Sem ação, sem pensamentos, sem sentimentos
Apenas vazio na minha alma
Apenas o incompleto seguir adiante
Dor no peito, amor desfeito
Dor na alma, felicidade incompleta
Dor no corpo, caminhada longa e insana
Dores que vem e vão, pressão do tempo
Vento que não leva, sentimento que não oculta
Razão incontrolável, ato irreparável
Andar pela rua, descalço, sem rumo
Sem vontades, sem esperança, apenas vazio
Depressão latente, choro constante
Andar, andar, percorrer o tempo
Ao luar, na noite, buscar a paz
Coração partido, passos curtos
Me pego a pensar, num momento bipolar
Dou uma gargalhada, o silêncio se desfaz
Escuto tudo a volta, pessoas a me olhar
Acordo da tristeza, paro de chorar
Sinto o cansaço das pernas
Emoções sem direção, onde estou?
Medo me consome, a noite me assusta
Penso, então, o que to fazendo
Porque percorri tão longa estrada?
Pensamento voa, o vento me leva
Me vejo parado, por um instante me encontro
Frente a tua porta, volta o pranto
Ao mesmo tempo um sorriso no rosto
Corpo cansado, alma acabada, coração querendo colar
Bato a tua porta, fito teus olhos, amor me consome
Quero te abraçar, quero te beijar, quero te amar
Esqueço tudo a volta, lagrimas percorrem meu rosto
Percebo tua tristeza ao me ver perturbado
Ajoelho-me a seus pés e peço perdão
Sinto teu carinho, toque suave no meu rosto
Me ergo, e com olhar de pedinte, espero tua resposta
Eis que aparece um vulto, antes não percebido
Meses se passaram, só agora tive coragem de aparecer
Então percebo no teu olhar uma tristeza profunda
Ponho-me a correr, meu lugar não mais existir
Raiva de mim, tristeza sem fim
Tropeço, quebro o braço
Acudido com carinho, linda moça a me ajudar
Olho em seus olhos, brilha minha alma
Sinto um forte carinho, ponho-me a chorar
Preocupada me abraça, sinto o calor de seu corpo
Sem perceber nos beijamos, novo amor a nascer?
Andando pela noite, perigos e medos passei
Tristezas e raiva senti, mas enfim o amor encontrei
Felicidade sem fim, começo a sentir.
(Ildo Silva)
O medo, é receio, é temor
A raiva é sentimento que nos mata
O amor é doce, mas por vezes causa dor
A alegria, apaga a tristeza e arrebata
Todos estes sentimentos nos invadem
Em momentos, todos eles tão diversos
Que a maneira como por vezes eles se expandem
Só pode ser traduzida nestes versos
Joaquim Vale Cruz
Tanta dor corre nas veias
Faz os músculos enrigecerem
Ela veio e já era esperada
Na vilúpia de noites sem dormir
Nos encontro de corpos desconhecidos
Na procura de carinho
Violência que trás arrependimentos
Tarde para voltar
Mas o inesperado sempre vem
Num beijo de consolo
Num abraço verdadeiro
Num afago perdido no tempo.
Carmen Lucia Lima Sarmento
"reparo"
para parir
o tempo ampara
para pirar
o tempo pára
para parir
o tempo calha
para pirar
o tempo encalha
muito pouco
muito pouco
quase nada
onde estão os meus óculos azuis?
que raiva!
Variantes do último verso:
1) "O tempo não tem alma!"
2)"Que mancada!"
Catarina Sampaio Vr e Adriano Nunes
QUESTÃO DE APELO
o que me dói
não é mais dor doída,
é temor,
dor consumida
em puro fel de medo.
é aperto no imo peito,
nó de pavor.
é tremor.
é abalo no coração.
é o choque.
é o fino fio da navalha
do medo
da morte
do corpo,
pela vida
do corpo,
à
avessa
avessa
avessa
pele,
onde minh’alma
geme e canta...
Da pele pela pele, do pelo pelo pelo. É tudo uma questão de apelo, apelo do avesso da pele.
jiz
Partida
Como dói vê-lo partir assim
A saudade já se instalou no meu peito
as lágrimas descem.
Só então percebo a falta que você vai fazer
Não pensei o quanto você é importante
Foi preciso ve-lo ir embora
pra me dar conta que já morro de saudades!
Fecho os meus olhos e sinto o seu cheiro,
o gosto da tua boca, as carícias das tuas mãos
e me dá um aperto no peito,
a sensação de que não vou te-lo nunca mais
E a saudade aumenta...
E a saudade dói...
uma dor doída que não pensei
que pudesse sentir.
E choro o abandono da minhalma
essa ausência que o meu corpo reclama
e no embalo da lembrança
adormeço.
Enice de Faria
Solo
Cachorro morto estendido,
No chão da cozinha.
Bicicleta roubada largada,
No chão da garagem.
Mãe abandonada dolorida,
Choro espalhado,
No chão da sala.
Solo seco de sombra.
Primeiro chão do filho.
Roupa suja pisada,
No chão do banheiro.
Irmã entre soluços cortados à faca,
No chão do quarto.
Medo partido cravado,
No chão embaixo da cama.
Raiva recolhida rasgada,
No chão da garganta.
Desespero solto disperso,
No chão da guerra intestina.
Filho da mãe desaparecido,
Sem chão pela porta da frente.
Para sempre.
Ligia Sacras
* ROMANCE *
( EMOÇÃO )
A relação é estável , homogênea .
O fiel da balança da união equilibra-se , precáriamente , entre o que é , e o que deveria ou poderia ser .
Os dias , aparentemente tranquilos , fundem-se com as noites , e , a seguir , com outros dias . Todos iguais .
Os passos , porém , são disformes , desmorfos , destoantes , com alcances diferentes ;
Um corre , o outro anda ; um cria , o outro aceita .
Um alça vôo ao infinito , livre , célere , voraz da vida e do viver ;
O outro , ah ! , o outro , acomoda-se no dia a dia da mesmice ; infrutífera árvore em solo fértil .
Questionada , a vida se esvai ; a resignação é aceita e imposta , salvadora .
Aos defeitos sobrepoem-se as qualidades , ressaltam-se as virtudes , o comodato , a permissividade .
A passividade da relação é inerente à tradiçã, submissa à desculpas e culpas interiores .
Então a frustração castra uma parte da alegria , e esta , que só é completa se plena , é sublimada à escapes dos sentidos .
A solidão irriquieta dos pensamentos , é traduzida em caracteres gráficos , espremida e exprimida ao fundo da alma . Reprimida ao âmago do papel .
A sensibilidade brota pelos poros do coração , emana do olhar , e cala-se sem simétrica resposta .
Os caminhos são paralelos , mas quase nunca convergentes . Não há horizonte a ser desvendado .
O vazio interior é preenchido por buscas , desafios , prêmios de consolação .
Falta emoção , inexiste o romance , o " fazer junto de " , o " estar com " .
E , do romance , nutre-se o amor .
- Ricardo Daiha -
* MÊDO *
Mêdo de te olhar nos olhos ,
De sorrir teu riso ,
De iluminar teu brilho ,
nua ;
Mêdo imenso ,
Intenso e paralizante ,
De ousar expor minh'alma ,
À tua .
- Ricardo Daiha -
ANGÚSTIA
Amanheço em tons e sons
soturnos
quase inaudíveis
O sol de faz presente
nas frestas da janela
entraberta...
Vazio da angústia
da espera
Solidão
Não...
...quero me bastar
Aprender a ser só
Mas meu corpo
clama
a sua presença
Minha alma
chama
pelo seu terno amor
Sou sua
e de mim
me perco
e me refaço
em sua presença
em luz
em sol
em cor.
Ianê Mello
AUSÊNCIA
Minha solidão tem a forma de um homem
Um homem que vem e se vai
ao sabor do vento, das marés
Ora o tenho por perto
Ora só vislumbro ao longe sua figura
Forma concreta ao tato e a visão
Abstrata no sentir e na permanência
Homem que desejo e ao mesmo tempo não
Por medo de perdê-lo, me perco
Em devaneios loucos, com ele sonho
Na manhã que chega não o vejo mais
A solidão da cama vazia
As formas de seu corpo no lençol
O calor de seu corpo ainda a me queimar
Seus beijos posso sentir em minha boca entreaberta
Em meu corpo saciado no desejo satisfeito
Agarro-me a lembrança de sua presença em minhas mãos
Em pensamento me deleito em sensações de prazer
Agarro o travesseiro e sinto seu perfume
De seus cabelos ainda úmidos do banho
Ah... seu perfume, seu calor, suas mãos
Ainda posso sentí-los... doce lembrança
Levanto com vagar e minha cabeça gira
Enrolo no lençol meu corpo nu
O dia amanhece....
Ianê Mello
A FACE DA DOR
O que me resta nesta noite escura
Os olhos marejados de lágrimas
A solidão a corroer o peito, sem dó
Como dói esse sentir
Esse grito preso na garganta
Essa boca fechada sem mais palavras
Esse corpo que padece dos males da alma
Como encontrar o que perdi de mim pelo caminho
Juntar os pedaços que ficaram pelo chão
Cada perda, cada desilusão, cada ofensa
Como resgatar o que de mim resta
O melhor de mim, o meu melhor
Será que há ainda como juntar meus pedaços
Reconstruir-me inteira e mais forte
Encontrar em meu interior a paz que necessito
A paz que me falta, minha paz de espírito
Não sou só um corpo, sou muito mais
Sou uma alma que chora, que sente, que sofre
Me olhe por dentro, por favor, me veja
Esqueça meu corpo, meus atrativos de mulher
Tente olhar para dentro de mim e me verá
Verdadeiramente a mim, no que sou de mais puro
Não olhe meu corpo como se eu fosse uma mercadoria exposta
Não estou a venda, nem a mostra para seus ou outros olhos
Tudo que quero é seu carinho e abraço sincero
Tudo que desejo é sua mão na minha, seus olhos nos meus
Tudo que preciso é ser vista em minha essência
Olhe para mim só mais uma vez... além de mim
Para além do corpo físico
Você consegue me ver?
Ianê Mello
O FANTASMA DO MEDO
medo, medo, medo
qual será o segredo
para vencer o fantasma?
enfrentá-lo é preciso
encará-lo de frente
com coragem e garra
o medo é vencido
Ianê Mello
SEDUÇÂO
Estendo-te a mão
Pego com paixão
Giras sobre ti
Olho as tuas formas
Olho nos teus olhos
Vejo sedução
Dispo-te com tesão
Ficas louca e nua
Agarro tua mão
Colo-te ao meu corpo
Continuamos a sedução
É um girar belo e perfeito
De olhar lânguido e perdido
Ficas louca de paixão
Neste girar sem sentido
Foi as voltas que demos
Deste amor proibido
Carlos Fernando Bondoso Bondoso
Porque
E porque te amo
decreto vida eterna à rosa que me deste
mesmo que perca a cor
ainda que sem perfume
mesmo que repouse seca entre as páginas de um livro
ainda que nunca a me tenhas dado...
Maria de Fátima Monteiro
Ela tanto insistiu que rolou.
teimosa desceu,
deslizou pela face.
Era quente, grossa,
ardia ao passar no rosto.
E depois desta,
vieram outras,
cada uma, levava ou trazia algo....
As emoções,
essas,
são mães das lágrimas,
que não paravam de surgir.
Felicidade,
Amor,
Medo, e
Raiva...
Essas são a fonte!!!
Rosana Mitraud
Primeiro sorri,
depois...
Chorei!!!
Dei grito, que susto........
O que?
Não sei,
estou tão emocionada.
Rosana Mitraud
ENTULHOS NÃO RECICLÁVEIS DE AMOR.
Meu coração tem tanto entulho de amor,
que as arestas machucam.
Cada pedaço do amor machucado cabe na semínima
de um beijo que não foi dado.
Os abraços sonhados tecem a tênue película que calam
os sentimentos de um mundo.
Sem contudo cobrir o buraco negro de pontas agudas
que aranham e sangram.
Como não sei estancar esta dor
que se agasta e me arrebenta,
Fico encabulada e simplesmente sorrio.
Calada guardo mais esse pedaço...
Junto.
Andrea Lizarb
medo
na escuridão
surge o medo
impaciente e incômodo
sangrando adentro
do meu peito
inquieto e arredio
querendo assustar
meus sonhos
impossíveis e bonitos
Ydeo Oga
disfarce
estrada de pedras
esconde segredos
nas margens solitárias
há muitas flores
mas não são belas
suas pétalas choram
o ninho está arrumado
a vida vazia
e nada foi escrito
Ydeo Oga
Sou terra, por ter razões.
Sou berro, se aberrações.
Sou medo, porque me dou.
Sou credo, se acreditou
Joe Canômico
Para onde grito...
A voz,o som,o dom
do poder a se expressar
alegrias ou lamentos
euforias ou sentimentos
Tudo que se possa dizer
ao outro,ao amigo,ao irmão
as palavras do coração.
Dizer que a morte é em vão
quando a vida dói sem solução
quando o grito é o vulcão
pronto a explodir
Se você pudesse escolher
O que gostariade ouvir ...
Como a palavra de redenção...
Como a palavra oração...
Como a palavra extrema-unção...
O que você gostaria de ouvir...
A mim se isso fosse hoje perguntado
por amor ou por recado
saberia o que escolher
Queria ouvir uma palavra única
mas total de significados
Mãe...
A palavra mágica que soa
ao vento,com dor,saudade ou lamento
de quem dói e saber onde se proteger
Mãe palavra alada que voa
desesperada a buscar o que é seu
A palavra soberana que o destino sabe escolher
quem a deve merecer
Mãe palavra terna e ao mesmo tempo
cheia de poder
Mãe...em tom de voz infantil
gritada em estado febril
por um homem grande e vazio
Mãe palavra que ecoa,dentro de cada
um de nós,quando estamos a sos
com nossos demônios da solidão
Mãe,palavra que hoje me falta
de dentro para fora
de fora para dentro
Mãe...
palavra dos desesperados
que trafegam noites a fio e
sabem o grito hoje ocultado
dentro de nosso vazio
Adri Lima
SONETO DE PERDÃO
Se hoje , com razão , não me deixas entrar
Te peço se possível ao menos uma fresta
Muito eu sei que roubei de teu sonhar
E muito de tristeza joguei em tua festa
Tenho ainda coisas muitas que te contar
Mesmo que não queiras , não me peças
Insisto e não desisto de perdoar-me , perdoar
Pois calar a memória agora é o que resta
Mire , por favor , esses meus olhos infelizes
Ansiosos , necessitados , carentes de perdão
Opacos , tristes , conscientes dos deslizes
Não mais tenho direito ao amor ou ao perdão
Pouco lhe importa agora as minhas diretrizes
embora nunca jamais deixarei de ser teu irmão
Bruno Mafra
PAIXÃO
OLORES FRAGANTES
FEROZES E HARMÔNICOS
INSPIRAM
MEUS SENSORES
SABORES MESCLADOS E DULCIFICADOS
DESFRUTAM INSACIÁVEIS
FOMENTAM
MINHA FOME
TOQUES PRECISOS E INTENSOS
LUXURIAM INSACIÁVEIS
PERPETRAM
MINHA CARNE
ASSIMETRIAS EM SINFONIAS
LOUCA PAIXÃO FURTIVA
ENREDA SEGREDOS
LUDIBRIA
MINHA VIDA.
Andrea Lizarb
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