O sol soprou no meu caminho
me deu força e voei sozinha
uma nuvem aproveitou e segurou em minha mão
cheguei mais cedo em casa
toda iluminada
Os dois agora descansam invisíveis debaixo da frondosa árvore.
Giselle Serejo
O NIRVANA
Num céu quase sem nuvens
aos pés de frondoso ypê
em gramado verdejante
descanso de longa viagem
a paz habita em minha alma
iluminando todo meu ser
O Nirvana se anuncia
Ianê Mello
7 comentários:
Lindos poemas de muita paz! Parabéns!
Beijos, Gisele e Ianê!!!!
A primeira vez em que ouvi falar do Nirvana, foi numa primeira aula de Filosofia. Julguei, então, que seria impossível alcançá-lo...hoje, sei que é bem simples...
A prova, está aqui...
Um abraço
Lúcia
Obrigada Lou pela presença amiga. Gostaria de pedir que voltasse a participar dos diálogos e lá no Livre Criar é só criar. Sinto falta de seus poemas.
Bjs, querida.
Bem vinda, Lucia.
Obrigada pela presença e comentário.
Simples alcançá-lo num poema, mas não na vida comum, infelizmente tenho que admitir. O importante é continuarmos a buscá-lo até chegarmos pelo menos próximos à ele.
bjs.
LindooOOOOOoooooOOOOoo!!!
Obrigada, Ale. Bjs.
filigranas
sugar o céu
pelos poros das estrelas
em filigranas onde as dobras
das rugas são labirintos lábios
meus olhos de veludo
sobre esta pele açulada
como urdidura
penetro-a -
não como pássaro de seda
tuas entranhas - mas vampiro -
e aqui o poema espuma
toda volúpia da palavra núpcia
sereno céu silêncio de plumas
ouve o rumor da garoa
agora sobre a grama
a derramar-se em ranhuras
no âmbito da crisálida
esta página
de verbos sonhos signos
entre pedras desliza
sobre pedras e o poema
se faz nada e cicia:
à deriva o ventre se modula
- e a vida - se fragmenta
esta que se descobre
outra em torpor de nácar
entre crepúsculo tulipas
e néctar
quem deslinda o que escrevo
acena com a língua
à fímbria do teu segredo
sobretudo o fôlego
do poema que finda
em decrescente relevo
e dizer
à sombra do luar que hausto
as pálpebras fenecem
em glaucas escrituras
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