Como um passeio na pluma e outros devaneios consentidos. Levemente te toco com os olhos fechados. Você é sempre nova para mim, de alguma maneira, como uma escultura que se aprecia a vida toda. Eu te adivinho um especial monumento, ao te sentir reentrâncias e saliências. Tenho ao meu alcance forma e conteúdo. Sinto na ponta dos dedos a arte da vida que te esculpiu magnífica. Sei que somos finitos. Dessa finitude que nem importa quando, nossas formas se refazem. Que me importa se o grande escultor só sabe trabalhar dessa maneira? Retornando a cerâmica posta em vida para um renascimento de artes ainda mais refinadas. Entretanto ali. Ainda de olhos fechados. Neste suplemento de gloria que é seu corpo. Experimento os êxtases do entalhar de uma Camille Claudel, ou de um Rodin. Crio também, a meu modo, uma versão tua em branco mármore. Adoro te imaginar afinal como a minha criatura... E tudo mais são somente palavras.
Beto Palaio
IMPENETRÁVEL
Muitas vezes somos aquilo que deixamos de Ser.
Ausência.
Onipresença ao inverso
Sinergia para menos
Utopia no sentido utópico de inalcançável
O que nos torna vulneráveis
Impenetráveis.
A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida
De amar e ser amado.
Perdemos a capacidade de nos defender
Do medo de amar
Entregar-se, deixar-se afundar na neblina da fumaça
Ser tragado pelo Inconsciente
Compartilhar o melhor e o pior de nós.
O Bem e o Mal dentro da gente
Irmãos siameses
Que não nos livra da escolha
Nem da necessidade de perdão.
Ausência.
Onipresença ao inverso
Sinergia para menos
Utopia no sentido utópico de inalcançável
O que nos torna vulneráveis
Impenetráveis.
A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida
De amar e ser amado.
Perdemos a capacidade de nos defender
Do medo de amar
Entregar-se, deixar-se afundar na neblina da fumaça
Ser tragado pelo Inconsciente
Compartilhar o melhor e o pior de nós.
O Bem e o Mal dentro da gente
Irmãos siameses
Que não nos livra da escolha
Nem da necessidade de perdão.
Lou Albergaria
5 comentários:
Waw... belíssimo... o passeio das impressões dos dedos imortaliza na memória as formas a que deu o Artífice... e nos faz conhecedores de seu talhe, sua técnica, sua arte, inda que a matriz retorne à matéria e a arte se desfaça em pó para noutra, inda mais, bela tornar um dia...
A criação da obra... A arte na ponta dos dedos da emoção.
Gostei muito!
Belíssimo poema, Beto!!!
Um magnífico presente que você nos dá...
Grata!
Grande abraço...
Me sinto tomada de grande emoção ao ler esse poema e sabê-lo a mim dedicado.
Sem mais palavras, amor....
só o silêncio da emoção que me acomete.
Bj.
TUDO BEM BETO?
O QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.
Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.
Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.
Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.
-Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?
Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...
SE VOCÊ CONSEGUIU GOSTAR (RS), LEIA INTEGRALMENTE NO MEU BLOG DE HUMOR:
"HUMOR EM TEXTO".
LÓGICO, VÁ SE QUISER, MAS VÁ (RS).
PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!!(RS).
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
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