Contigo ia até a Lua
lá seríamos o que quiséssemos
árvores, sementes, minerais, papel, fidalgos
Do rei eu queria ser só amiguinha
mas do príncipe ia ser a Rainha
Ah Manoel..as horas são tão apressadas..
são rôtas..
me esperas?
Finges que não me esperas
assim vamos para quimera legalmente
Mas faço um esforço
diga para o rei de lá
que sem livros não poderemos respirar
viver, amar...
Ele aceitando
viveremos para sempre pasargando
passarinhando
e namorando..eu o príncipe , os livros e você?
deixa os sapos falarem..ora ora...
Giselle Serejo
Se a gente ama
Pasárgada está tão perto
Está tão dentro
Rente ao sonho de Menina
As tranças que vêm vindo
Trazendo à galope
O beijo na noite
A história sem açoite
A vida, um novelo de esperança
Eu puxo o fio dói a trança na folha
A menina me sorri, apesar da dor
Me pisca o olho, e
Eu acolho a minha sina
Somos poeta, Menina!
Venha, e me dá um abraço
Puxe uma estrela
Vamos brindar Pasárgada
O recomeço está na estrada
A poesia é a passagem, e
A Menina..., o sol que ilumina o verso
Lou Albergaria
AMOR SIDERAL...
Mesmo que o meu estro fosse de outra galáxia,
Fosse das Plêiades, de Órion, de Sírus, de Capela,
E fizesse vibrar minha lira e com isso eu tecesse
Os mais encantadores ou adoráveis versos,
Isso de nada adiantaria, pois eles rodopiariam
Em torno da frase de sempre: EU TE AMO!!!
Pedro Campos
UM AGITADO MANUEL
um homem de olhar atento,
embora meio míope
mãos pequenas e inquietas.
Bastante inquietas.
pois é com gestos, bem mais
que com o lápis
que se escreve um poema
modernista.
Beto Palaio
Busquei tanto a estrela da manhã
que minha visão cansada turvou-se
não pude mais ver as estrelas
que belas na noite cintilavam
Busquei encontrar o amor
onde amor não havia
e não pude perceber
o quão perto de mim estava
Aprendi que para viver o amor
basta dois e nada mais
em Pasárgada ou aqui
ou em qualquer outro lugar
Na figura de um poeta
que era eterno sonhador
encontrei palavras certas
para o amor desvendar
Grande inventor de palavras
com mãos ágeis desenhava versos
e com olhos miúdos buscava
em sua amada o universo
Ianê Mello
O crítico
Escrevo um poema liberto
Livre da métrica e outras estéticas
Que permita expressar
A Vida ao meu redor
Que agite em mil bandeiras
O que de fato, a realidade
Mesclada de trabalho e suor
Inspira.
Uma poesia moderna
Que de forma delicada e sincera
Permita homenagear
O poeta,o professor,o tradutor
Que da palavra, da rima
Despida de fantasioso lirismo
Fez do mais simples, do mais humilde
Seu tema, seu lema mais representativo.
Giane Coruja
Um comentário:
O poeta do castelo
vê o beco, a Glória, a baía,
a linha do horizonte.
O poeta do castelo
vê a Rua da Aurora
a Rua da União
a Rua do Sol
as ruas da sua infância.
O poeta do castelo
vê a Rua da Saudade.
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