* NADA *
L e r,
SEM
T e r
LIDO;
V e r,
SEM
T e r
VISTO;
S e r,
SEM
T e r
SIDO;
T e r,
SEM
T e r
TIDO;
Nada.
-Ricardo Daiha-
L e r,
SEM
T e r
LIDO;
V e r,
SEM
T e r
VISTO;
S e r,
SEM
T e r
SIDO;
T e r,
SEM
T e r
TIDO;
Nada.
-Ricardo Daiha-
MEDO
Quantas palavras escondidas
Nos volumes que não lemos
E portanto, não sabemos...
Imaginamos;
Quantas imagens não percebidas
Porque não atentamos aos detalhes
De esculturas simples entalhes...
Imaginamos;
Quantas vidas poderiamos ter,
Quantos desempenhos perdidos
Quantos atores teríamos sido...
Imaginamos;
Quantas paixões fogosas,
Quantas sinas amorosas
As perdidas quimeras ardorosas,
Imaginamos;
Elas existiram, existem,
E nós continuaremos,
Nesse inexplicável nada.
Pense!
Quantas palavras escondidas
Nos volumes que não lemos
E portanto, não sabemos...
Imaginamos;
Quantas imagens não percebidas
Porque não atentamos aos detalhes
De esculturas simples entalhes...
Imaginamos;
Quantas vidas poderiamos ter,
Quantos desempenhos perdidos
Quantos atores teríamos sido...
Imaginamos;
Quantas paixões fogosas,
Quantas sinas amorosas
As perdidas quimeras ardorosas,
Imaginamos;
Elas existiram, existem,
E nós continuaremos,
Nesse inexplicável nada.
Pense!
- Andre Melgaço –
O BICHO NADA
Que bicho tosco
É o Nada
que desfolha
toda a primavera
O nada assola
a varanda da casa
Atola a verde esperança
empunha uma lança
E dança
Na valsa da vida
embrulha a partida
mascara a ferida
E no fim, de novo
É nada!
Minha criança tem medo desse bicho.!
Que nada!...
-Erika Foresti-
É o Nada
que desfolha
toda a primavera
O nada assola
a varanda da casa
Atola a verde esperança
empunha uma lança
E dança
Na valsa da vida
embrulha a partida
mascara a ferida
E no fim, de novo
É nada!
Minha criança tem medo desse bicho.!
Que nada!...
-Erika Foresti-
Se do Nada venho e p'ro Nada caminho,
Não existo, não sou nada!
Penso que vejo e não vejo;
Julgo sentir e não sinto,-
e quando falo verdade, minto.
Que ser e não ser é este que não é?
De quem é esta vida que não tenho,
se quando penso que vou é quando venho?
De quem é este rosto que "conheço"
e o som das palavras em que tropeço
dia a dia, que não são, que nunca foram?
Onde estão o meu passado, o meu futuro,
e este estar e não ser, separados por um muro
onde vivem, nessa casa que não moram?
E se o nada não existe,
se as palavras são apenas sensações articuladas,
onde está a voz se a não sentiste?
Onde está a vida alegre deste mundo triste?
-Paula Amaro-
Não existo, não sou nada!
Penso que vejo e não vejo;
Julgo sentir e não sinto,-
e quando falo verdade, minto.
Que ser e não ser é este que não é?
De quem é esta vida que não tenho,
se quando penso que vou é quando venho?
De quem é este rosto que "conheço"
e o som das palavras em que tropeço
dia a dia, que não são, que nunca foram?
Onde estão o meu passado, o meu futuro,
e este estar e não ser, separados por um muro
onde vivem, nessa casa que não moram?
E se o nada não existe,
se as palavras são apenas sensações articuladas,
onde está a voz se a não sentiste?
Onde está a vida alegre deste mundo triste?
-Paula Amaro-
Adan voltando ao início
desde o fim
ao antes de tudo
haver assim
Ao aquém do princípio
Adan chegou enfim
a si mesmo no espelho:
Nada, e outra vez Adan
desde o fim
ao antes de tudo
haver assim
Ao aquém do princípio
Adan chegou enfim
a si mesmo no espelho:
Nada, e outra vez Adan
-Edson Felizardo-
O bicho Nada
anda ou nada?
se esparrama ...
voa na escuridão
até da alma
Vá embora,
bicho Nada!
Deixe-me
os sonhos, a calma
O Tudo te chama
... e sai de baixo da minha cama !
anda ou nada?
se esparrama ...
voa na escuridão
até da alma
Vá embora,
bicho Nada!
Deixe-me
os sonhos, a calma
O Tudo te chama
... e sai de baixo da minha cama !
-Ricardo Daiha-
O NADA
E eu tenho medo
desse estranho bicho
que de mim se acerca
e logo se encosta
como quem não quer nada
e me deixa meio tonta
me tira do foco
Ele vem e ele vai
nesse jeito sem dono
e faz o que quer
me tira o sono
num quê de mistério
e num abandono
simplesmente me deixa
Se enrosca
me enlaça
me tira do sério
depois se afasta
e foge pra longe
deixando em mim
a eterna espera
a saudade de tudo
nesse nada que resta.
desse estranho bicho
que de mim se acerca
e logo se encosta
como quem não quer nada
e me deixa meio tonta
me tira do foco
Ele vem e ele vai
nesse jeito sem dono
e faz o que quer
me tira o sono
num quê de mistério
e num abandono
simplesmente me deixa
Se enrosca
me enlaça
me tira do sério
depois se afasta
e foge pra longe
deixando em mim
a eterna espera
a saudade de tudo
nesse nada que resta.
-Ianê Mello-
Este bicho nada
medonho, voraz
fez descer a noite
escondendo o sol
apagou as cores
da primavera
desfolhou as rosas
do meu jardim
sua silhueta
na janela
afugenta o sono
e amedrontada
muito assustada
acendo o abajur
porque o bicho nada
não suporta luz!
medonho, voraz
fez descer a noite
escondendo o sol
apagou as cores
da primavera
desfolhou as rosas
do meu jardim
sua silhueta
na janela
afugenta o sono
e amedrontada
muito assustada
acendo o abajur
porque o bicho nada
não suporta luz!
-Enice de Faria-
E do Nada fez-se o Tudo, ... e fez-se Tudo onde era o Nada !
- Ricardo Daiha -
Tudo sobre como resistir
nada para esconder
até contar porque
não vai existir
um outro dia
com as mesmas ondas
sensações conturbadas
um jeito secreto
pedir o beijo
partilhar o desejo...
-Wilson Caritta-
até contar porque
não vai existir
um outro dia
com as mesmas ondas
sensações conturbadas
um jeito secreto
pedir o beijo
partilhar o desejo...
-Wilson Caritta-
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Crédito de Imagem: Pintura de Olivia Charmaine
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