O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
domingo, 22 de janeiro de 2012
Talvez
Talvez eu queira tua presença,
Talvez tua dor me faça bem,
Talvez eu leia no teu rosto
Aquilo que eu ainda não sei.
Talvez eu veja a tua alegria,
Talvez tua solidão eu veja.
Seja o que for não pode ser
Pior do que minha tristeza.
Talvez eu queira, assim, teu beijo,
Talvez, que me dês cabo à vida...
Perdão ― se sou indelicado,
Perdão ― se és para mim bonita.
RODRIGO DELLA SANTINA
P O E T I C A R I A - Ensaio das Palavras: São dois pra lá e pra cá...
São Dois prá lá e pra cá...
Ai o tango
Dança sensual
Em que o roçar dos corpos
Em passos rápidos
Lentos e lépidos
Suscita beijos sápidos
Quentes ou tépidos
Desfia a música
Em que o par se isola
Marcando o compasso
De Piazzola
Ai o tango
Em que me confundo
E com ela
Sonho
Um sonho profundo
Em que estamos sós
Bailando no Mundo
Ai o tango
Que eu quero dançar
Até meu final
A rodopiar
Sempre sem temor
De forma tão leve
Em compasso breve
Sentindo o odor
De uma qualquer flor
Nos braços do amor
Nesta vida breve…
Joaquim Vale Cruz
Joaquim Vale Cruz
JVC – FB - 2011
(http://poeticaria-ensaiodaspalavras.blogspot.com/2010/06/sao-dois-pra-la-e-pra-ca.html)
(http://poeticaria-ensaiodaspalavras.blogspot.com/2010/06/sao-dois-pra-la-e-pra-ca.html)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Diálogo Poético: Ianê Mello, Andrea Lizarb, Leila Onofre
O PREÇO DA TRAIÇÃO
Derrama-se o cálice de vinho tinto
rascante
na veste branca e alva
de vermelho escarlate tingida
na nódoa viva e visível
a marca da punhalada
traiçoeira
desferida por mãos
infames
punhal de aço
cortante
na pele alva e branca
ferida aberta
sangra
larva que queima
erupção vulcânica
rascante
na veste branca e alva
de vermelho escarlate tingida
na nódoa viva e visível
a marca da punhalada
traiçoeira
desferida por mãos
infames
punhal de aço
cortante
na pele alva e branca
ferida aberta
sangra
larva que queima
erupção vulcânica
Ianê Mello
*Pintura de Lamis Dachwali.
TRAIÇÃO
Era mimo precioso
Um diamante lapidado
Fez com ele corte doloso
Sangra o gosto machucado
A luz límpida ficou escura
Quadro negro d’amargura
Traição, sofrer esmigalhado
Árduas cenas, arrogância
Estilhaçou, marcou distância
Era mimo precioso
Um diamante lapidado
Fez com ele corte doloso
Sangra o gosto machucado
A luz límpida ficou escura
Quadro negro d’amargura
Traição, sofrer esmigalhado
Árduas cenas, arrogância
Estilhaçou, marcou distância
Vinho robusto se mostra potente
Invade-me com goles generosos
Sinto seu calor cativante na noite
Cá dentro trazendo o frio do dia
Com sua força frutífera passageira
Embriago-me no seu leito iludido
De conforto, de amparo, de alegria
....
Invade-me com goles generosos
Sinto seu calor cativante na noite
Cá dentro trazendo o frio do dia
Com sua força frutífera passageira
Embriago-me no seu leito iludido
De conforto, de amparo, de alegria
....
Leila Onofre
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Diálogo poético :Madhu Maretiore & Wilson Caritta
"Clarividência das Águas"....
encontro poético por: Madhu Maretiore & Wilson Caritta
Um atalho...
"Escrever sobre as flores...
Ah, eu queria escrever
sobre as flores,
salvá-las de mim,
não misturá-las à idéia
de flor que carrego...
Madhu Mathiore.
( Poeta de Claridade)
encontro poético por: Madhu Maretiore & Wilson Caritta
Um atalho...
"Escrever sobre as flores...
Ah, eu queria escrever
sobre as flores,
salvá-las de mim,
não misturá-las à idéia
de flor que carrego...
Madhu Mathiore.
( Poeta de Claridade)
Amiga,
posso partir a - (manhã)
ninguém sabe da chegada
entradas e saídas
por reentrâncias
da vida. (Wilson Caritta)
I
- Não tenho técnicas, poeta.
Atravesso rios e não sei nadar.
Tudo é caos e ordem em minha vida...
Louco!...
Preciso de espaço para o teu abraço
...vamos então do caos ao cósmico...
Voce me emocionou
além do provisório fim.
(Madhu Mathiore)
II
- Loucos não se atrasam
não sabem fazer curvas.
...: danço até na água
e com as borboletas...
pare com os últimos!
Todo dia é um tanto de começo
que não termina,
e um tanto de fim
que poeta qualquer ignora...
(Wilson Caritta).
sábado, 14 de janeiro de 2012
Diálogo Poético - Dija Darkdija, Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
Os sussurradores
aos essessussurradosentrelinhas
...somossussurrosnóssomossempreseremos...
...somosasbestasquaissussurrampeloscantos...
...somossussurrosdasalegriasouprantos...
...somosostantosssussurradosnasorelhas...
...somossopradossomosdeusesdosencantos...
...somososessessussurradoscomosmantos...
...somososmantrasrecitadospelossantos...
...somosostudosnadassomossensitivos...
...somosssussurrossimplesmentesincisivos...
...somossussurrossacrossantossobreaslinhas...
...somosassombrossombrassombradosdestinos...
...somossurrossempremaisdospensamentos...
...somosussurrossempresomossemlamentos...
...somossussurrosnóssomossempreseremos...
Dija Darkdija
aos essessussurradosentrelinhas
...somossussurrosnóssomossempreseremos...
...somosasbestasquaissussurrampeloscantos...
...somossussurrosdasalegriasouprantos...
...somosostantosssussurradosnasorelhas...
...somossopradossomosdeusesdosencantos...
...somososessessussurradoscomosmantos...
...somososmantrasrecitadospelossantos...
...somosostudosnadassomossensitivos...
...somosssussurrossimplesmentesincisivos...
...somossussurrossacrossantossobreaslinhas...
...somosassombrossombrassombradosdestinos...
...somossurrossempremaisdospensamentos...
...somosussurrossempresomossemlamentos...
...somossussurrosnóssomossempreseremos...
Dija Darkdija
SERES ANTAGÔNICOS
Somos sussurros
que ao pé do ouvido se instala
Somos o próprio grito
quando o mundo não se cala
Sussurramos pelos cantos
mas gritamos desencantos
quando a dor nos aperta
e o sentir se avoluma
Somos o tudo que no nada se perde
somos o nada que no tudo está perdido
Somos a palavra que nas entrelinhas se cala
Somos em nós as entrelinhas que da vida se resguarda
Somos o verbo e o silêncio
somos os versos e a prosa
Somos o conto que encanta
Somos a história que lamenta
Somos sombra quando projetados
pelo sol na clara tela
Somos reflexo no espelho
somos a nossa própria imagem refletida
Somos alegria e lamento
somos esse agora, esse momento
somos o passado que nos devora
somos o amanhã que se revela
Somos tudo
nada sendo.
Ianê Mello
***Crédito de Imagem: Pintura de Salvador Dali "Desmaterialização"
Somos sussurros
que ao pé do ouvido se instala
Somos o próprio grito
quando o mundo não se cala
Sussurramos pelos cantos
mas gritamos desencantos
quando a dor nos aperta
e o sentir se avoluma
Somos o tudo que no nada se perde
somos o nada que no tudo está perdido
Somos a palavra que nas entrelinhas se cala
Somos em nós as entrelinhas que da vida se resguarda
Somos o verbo e o silêncio
somos os versos e a prosa
Somos o conto que encanta
Somos a história que lamenta
Somos sombra quando projetados
pelo sol na clara tela
Somos reflexo no espelho
somos a nossa própria imagem refletida
Somos alegria e lamento
somos esse agora, esse momento
somos o passado que nos devora
somos o amanhã que se revela
Somos tudo
nada sendo.
Ianê Mello
***Crédito de Imagem: Pintura de Salvador Dali "Desmaterialização"
Sussurros
Há quem diga que sussurros todos somos
Sussurros do vento em seu lamento
Do nada que nós somos, sofrimento
E mesmo se em bicos dos pés nos pomos
Ainda assim, nós nada somos
Perante um universo tão diverso
Tão imenso em que estamos dispersos
Um mero sussurro nosso, não vale nada
Como nada vale uma palavra
Destas que nós pomos nestes versos
É estultícia, é loucura, é desencanto
O sussurro que aqui ponho neste canto
Pois neste sussurro que agora nem é pranto
Deixo a marca de um sussurro que em mim ficou
Por sentir que neste mundo, nada sou…
Há quem diga que sussurros todos somos
Sussurros do vento em seu lamento
Do nada que nós somos, sofrimento
E mesmo se em bicos dos pés nos pomos
Ainda assim, nós nada somos
Perante um universo tão diverso
Tão imenso em que estamos dispersos
Um mero sussurro nosso, não vale nada
Como nada vale uma palavra
Destas que nós pomos nestes versos
É estultícia, é loucura, é desencanto
O sussurro que aqui ponho neste canto
Pois neste sussurro que agora nem é pranto
Deixo a marca de um sussurro que em mim ficou
Por sentir que neste mundo, nada sou…
Joaquim Vale Cruz
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Diálogo Poético: Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
PORTA FECHADA
Eu grito
grito para as paredes
que não respondem
grito para ouvidos
que são surdos...
entre quatro paredes
aprisionada
sem janela para respirar
e uma porta fechada
um corpo fechado
que não respondem
grito para ouvidos
que são surdos...
entre quatro paredes
aprisionada
sem janela para respirar
e uma porta fechada
um corpo fechado
na dor de ser
grito...
um grito sentido
um grito catártico
um grito de dor
um urro animalesco
mas a porta fechada
não se abre
...
meu grito não será ouvido
longe de tudo
longe de todos
tão longe que nem sei
aonde eu estou
longe até de mim mesma
do que em mim reconhecia
nisto em que me tornei
- SOCORROOO!!!!!!!!!!!!
Preciso que me escutem!
não, ninguém pode escutar
todos estão muito longe
todos estão alheios
dentro de si mesmos
... encimesmados
Grito, grito, grito...
grito...
um grito sentido
um grito catártico
um grito de dor
um urro animalesco
mas a porta fechada
não se abre
...
meu grito não será ouvido
longe de tudo
longe de todos
tão longe que nem sei
aonde eu estou
longe até de mim mesma
do que em mim reconhecia
nisto em que me tornei
- SOCORROOO!!!!!!!!!!!!
Preciso que me escutem!
não, ninguém pode escutar
todos estão muito longe
todos estão alheios
dentro de si mesmos
... encimesmados
Grito, grito, grito...
até calar minha própria voz
que vem de dentro
até gastar as palavras...
que vem de dentro
até gastar as palavras...
Grito até perder a voz
mas todos estão tão longe
você está tão distante
sequer me vê
tampouco me ouve
mas todos estão tão longe
você está tão distante
sequer me vê
tampouco me ouve
mas grito mesmo assim
o que me resta
além do grito?
essa angústia no peito
essa dor que me consome
essa vida que não me vale?
essa angústia no peito
essa dor que me consome
essa vida que não me vale?
Porque continuar a luta
porque acreditar
em que acreditar
em que acreditar
em quem?
Meu grito ecoa
grita dentro de mim
reverbera em meu corpo
ensurdece a mim mesma
Meu grito ecoa
grita dentro de mim
reverbera em meu corpo
ensurdece a mim mesma
mas em vão...
...
...
ninguém escuta...
meu grito se vai
no vento
em parte fora
noutra parte dentro
em mim
são palavras vazias
que se perdem
no silêncio
no vento
em parte fora
noutra parte dentro
em mim
são palavras vazias
que se perdem
no silêncio
que me devora
...
me encolho num canto
entre quatro paredes
sem janela para respirar
e uma porta que permanece fechada
uma lágrima escorre
sobre minha face
sinto seu gosto
em minha boca entreaberta
...
me encolho num canto
entre quatro paredes
sem janela para respirar
e uma porta que permanece fechada
uma lágrima escorre
sobre minha face
sinto seu gosto
em minha boca entreaberta
...
me calo.
Ianê Mello
Ouço lá longe o teu grito
De tanto horror e aflito
A soar como um clamor
Que tenho pena de ti
E até por isso senti
Tal como tu tanta dor
Mas nessa angustia perdida
Dolorosa e tão sofrida
Há uma réstea de esperança
E podes crer que longe embora
Rezo por ti toda a hora
Uma prece que não cansa
E essa lágrima que escorre
E pela tua face corre
Como uma estrela da tarde
Vai dar paz ao coração
E embalar-te nessa emoção
Que no teu peito ainda arde
De tanto horror e aflito
A soar como um clamor
Que tenho pena de ti
E até por isso senti
Tal como tu tanta dor
Mas nessa angustia perdida
Dolorosa e tão sofrida
Há uma réstea de esperança
E podes crer que longe embora
Rezo por ti toda a hora
Uma prece que não cansa
E essa lágrima que escorre
E pela tua face corre
Como uma estrela da tarde
Vai dar paz ao coração
E embalar-te nessa emoção
Que no teu peito ainda arde
Joaquim Vale Cruz
* Crédito de Imagem: Fotografia de Pavel Mirchuk
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Diálogo Poético: Luis Lima e Ianê Mello
Escrevo
ledo
no teu corpo
de água
onde bebo
aporto
e pasmo
Estou
vaivém
no teu sorriso
nu
e tu
a mãe
do indiviso orgasmo
"""""""
""""(luis lima)
(... canto de bolso... foto windows...)
ledo
no teu corpo
de água
onde bebo
aporto
e pasmo
Estou
vaivém
no teu sorriso
nu
e tu
a mãe
do indiviso orgasmo
"""""""
""""(luis lima)
(... canto de bolso... foto windows...)
EM ÊXTASE
No corpo
amado
a placidez
do agora
momentos
únicos
em si
Olhares
sorrisos
sentires
toques ternos
de mãos
suaves
carícias plenas
entregas
amor em risos
rio que transborda
caudaloso
num suspiro
num gemido
...
calmaria.
Ianê Mello
* Foto do Windows
Diálogo Poético: Ricardo Daiha, Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
NADA MAIS IMPORTA
Nada mais importa,
Na simbiose das almas,
Da sincronia das palmas,
No pulsar do peito o mito;
E nos fluidos que segregas,
Desse jeito explosivo,
A imobilizar o Tempo,
Aprisionar o grito;
Nada mais importa,
Que este hiato no espírito,
Entre o Céu,
E o vazio do Infinito;
Que as mãos entrelaçadas,
No rezar contrito,
De nossos corpos unidos,
Nesse beijo aflito;
Nada mais importa.
Ricardo Daiha
NO SILÊNCIO DOS CORPOS
e o que mais
nesse momento pode importar?
o mundo para
o relógio se cala
tudo é silêncio nos corpos nus
entrelaçados
ungidos no amor
abre-se a porta
o Paraíso invade
em cores, brilhos, delícias
mundo novo
eu e você
nós dois
almas que se abraçam
bocas que se beijam
mãos que se doam
entrega
sem medidas
num vôo ao infinito
Ianê Mello
e o que mais
nesse momento pode importar?
o mundo para
o relógio se cala
tudo é silêncio nos corpos nus
entrelaçados
ungidos no amor
abre-se a porta
o Paraíso invade
em cores, brilhos, delícias
mundo novo
eu e você
nós dois
almas que se abraçam
bocas que se beijam
mãos que se doam
entrega
sem medidas
num vôo ao infinito
Ianê Mello
Nada mais importa
Quando o amor se vai
Quando a amizade cai
Quando há tristeza nas almas
Se não há sincronia nas palmas
Nada mais importa
Se o querer é um mito
Se calamos o grito
Quando fluidos segregas
Quando a mim te entregas
Nada mais importa
Se com teu jeito explosivo
Tu encontras motivo
Para o tempo imobilizar
Quando é tempo de amar
Nada mais importa
Se com as mãos entrelaçadas
Com nossas bocas encostadas
Nossos corpos unidos
E nossos beijos atrevidos
Temos refregas… calculadas
Quando o amor se vai
Quando a amizade cai
Quando há tristeza nas almas
Se não há sincronia nas palmas
Nada mais importa
Se o querer é um mito
Se calamos o grito
Quando fluidos segregas
Quando a mim te entregas
Nada mais importa
Se com teu jeito explosivo
Tu encontras motivo
Para o tempo imobilizar
Quando é tempo de amar
Nada mais importa
Se com as mãos entrelaçadas
Com nossas bocas encostadas
Nossos corpos unidos
E nossos beijos atrevidos
Temos refregas… calculadas
Joaquim Vale Cruz
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Diálogo Poético: Vanessa Vieira e Ianê Mello
FALTA DE AR
O ar que necessito
Vem da fuga
Que é meu esconderijo.
Vou e venho de lá
Como os galhos das árvores
Que balançam ao movimento
Do vento...
Sou o que sou...
E não consigo,
Não posso
Por enquanto
Ser diferente...
A falta de ar
Silencia-me a voz...
Cala-me
Faz-me nada
Porque sem voz
Nada sou...
Nada faço...
Nada...
Vanessa Vieira
PONTO DE FUGA
Há o momento da fuga
há o momento do encontro
Há o momento do silêncio
há o momento da fala
Há o momento de esconder-se
há o momento de expor-se
Encontrar o momento certo
é encontrar o equilíbrio na ação
Fugir agora pode ser preciso
e quem pode julgar?
Fugir às vezes esconde
a imensa vontade de ficar
Ianê Mello
Crédito de Imagem: Pintura de Rene Magritte
Crédito de Imagem: Pintura de Rene Magritte
Diálogo Poético: Lenir Castro e Ianê Mello
DA MUDEZ
sem sangrar
nem um pingo
sem cometer
nenhum delito,
com um silêncio
oco por dentro,
sem palavras,
sem motivos
para risos,
sem nenhum
juízo,
arrisca os
passos
para o paraíso
e cai da razão
em si mesmo,
e morre
por dentro
sozinho:
___ a esmo ___
Lenir Castro
DA LUTA
sem saída
no olho do furacão
corpo em brasa
ferida exposta
alma que queima
o silêncio dentro
o caos fora
corpo que reage
sente
emoção e razão
luta eterna
choro
riso
abandono
em si
é preciso calma
por agora
do caos
a luz se faz
é preciso Alma
para renascer
ressurgir
regressar
de dentro pra fora
forte e sólida
Fênix renascida.
é preciso Alma
para renascer
ressurgir
regressar
de dentro pra fora
forte e sólida
Fênix renascida.
Ianê Mello
* Pintura de Frida Kahlo
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Diálogo Poético - Enice de Faria e Ianê Mello
Ah! Solidão que me mata
lentamente como uma sombra
que turva o meu olhar
me envolvendo num manto
de névoa densa e secretamente
faz a minha alma soluçar...
A falta do calor de um abraço,
da doçura de um beijo,
da ternura de um carinho,
reflete nas noites
insones visitadas por fantasmas,
o coração aos saltos
vislumbra clarões na escuridão,
raios que prenunciam
tempestades. Sintofrio
e solitária nem me aqueço,
me falta combustão na alma exangue
e ressequida por sua ausência!
Enice de Faria
VAZIO IMENSO
Solidão...
fome de tudo
fome de muito
fome de sempre
eterna fome...
presença tua
resgate nosso
amantes únicos
apartados no caminho
dor que dói
na alma dentro
atrelada a anseios
que permeiam vestes
sombras e névoa
querência sem fim
amargura densa
aprisionada
em Mim.
Ianê Mello
(Pintura de Jean Jacques Henner )
lentamente como uma sombra
que turva o meu olhar
me envolvendo num manto
de névoa densa e secretamente
faz a minha alma soluçar...
A falta do calor de um abraço,
da doçura de um beijo,
da ternura de um carinho,
reflete nas noites
insones visitadas por fantasmas,
o coração aos saltos
vislumbra clarões na escuridão,
raios que prenunciam
tempestades. Sintofrio
e solitária nem me aqueço,
me falta combustão na alma exangue
e ressequida por sua ausência!
Enice de Faria
VAZIO IMENSO
Solidão...
fome de tudo
fome de muito
fome de sempre
eterna fome...
presença tua
resgate nosso
amantes únicos
apartados no caminho
dor que dói
na alma dentro
atrelada a anseios
que permeiam vestes
sombras e névoa
querência sem fim
amargura densa
aprisionada
em Mim.
Ianê Mello
(Pintura de Jean Jacques Henner )
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