O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ECO ECO




Surge o eco em palavras bumerangue
Bumerangue, bumerangue...

Das lonjuras o som a entoar
Entoar, entoar...

Um grito de resposta sem descanso
Descanso, descanso...

Capricho do pensar em fragmento
Fragmento, fragmento...


Ao vazio que o eco vem completar
Completar, completar...




Beto Palaio


Eco vai, eco vem
O seu som entoa
Outras vezes atroa
Em sons desiguais
Flecte e reflecte
Voa e revoa
Pelos espaços sem fim
E quando o sinto em mim
Em tudo mudou
Pois já se cansou
E fragmentou
No seu revoar
E já é lamento
Triste fragmento
Já não quer soar…



Joaquim Vale Cruz

2 comentários:

Cria disse...

Muito criativa ! Beijo, poeta amiga, que tua semana seja feliz !!

Ianê Mello disse...

Amiga Cria, na verdade esses dois poemas não são meus, mas agradeço a participação constante e sempre carinhosa.

Um grande beijo.

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