Voam cores no arrebol
dilúvio de tons arredios
afogamentos de luzes ardentes
nuvens que pintam em artifícios.
Por onde vamos nós?
amantes de rumores vastos
pecadores em caminhos aflitos
Bacantes em desejos afins.
amantes de rumores vastos
pecadores em caminhos aflitos
Bacantes em desejos afins.
Fecha-se a porta da formosura
o tempo corre incógnito e ligeiro
sonhos abundantes já rareiam
momentos tão queridos se esvaecem.
o tempo corre incógnito e ligeiro
sonhos abundantes já rareiam
momentos tão queridos se esvaecem.
Para onde vamos nós?
navegando afluentes do sagrado
redes de densos ocultamentos
desencantos em caminhos afortunados.
navegando afluentes do sagrado
redes de densos ocultamentos
desencantos em caminhos afortunados.
Floreiam nos jardins flores outonais
no tempo que corre sem favor
deixando vestígios nos rostos maduros
nos corpos vividos apenas cansaço.
deixando vestígios nos rostos maduros
nos corpos vividos apenas cansaço.
Para onde vamos nós?
correndo contra o tempo
enganando nosso sentir
Iludidos por uma vida fugaz.
correndo contra o tempo
enganando nosso sentir
Iludidos por uma vida fugaz.
BETO PALAIO E IANÊ MELLO
*
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Pintura: Aquarela de Emil Nolde
2 comentários:
Ianê, não para onde vão os amantes, mas os seus versos dirigem-se aos corações.
Muito belo!
Lindíssimo!
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