O café entornou na pia
nada é permanente
farelos de pão sobre a toalha
murmúrios de vozes se fazem ouvir
enquanto a noite cai mansamente
O tic-tac do relógio
murmúrios de vozes se fazem ouvir
enquanto a noite cai mansamente
O tic-tac do relógio
marcas de mim
ao correr das horas
sombras projetadas nas paredes
ao correr das horas
sombras projetadas nas paredes
memórias esquecidas
No mistério dessa noite
tendo o sono como companhia
No mistério dessa noite
tendo o sono como companhia
de olhos fechados em fugas
sonatas de notas difusas
O passado e o futuro declinam
ao momento presente
o pão que se desfaz
o café que se esvai
ao momento presente
o pão que se desfaz
o café que se esvai
Nas teias da meia-noite
a aranha tece eterno bordado
a aranha tece eterno bordado
seu ir e vir enrodilhando
destinos que se entrelaçam
destinos que se entrelaçam
e desaparecem na noite passada.
Ianê Mello e Beto Palaio
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