O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 22 de maio de 2010

De volta ao Passado




Um castelo encantado
a distância vislumbrei
Fez-me lembrar do passado
que um dia eu sonhei

Contos de fadas
Príncipes encantados
Princesas cortejadas
Em versos decantadas

Como era belo o sonho
de um  puro e eterno amor
Num adormecer risonho
como um botão em flor

Inocência de criança
que na pureza alcança
com suas  mão pequenina
seu desejo de menina

Os olhos não podiam ver
o que a maturidade ensina
O que restava era crer
numa beleza cristalina

................................


Ianê Mello


Voltei, esqueci...

O túnel é a antítese da história
Troquei o tempo, hirto, sem marcas...
Tomei a taça de anisete, - teu tudo.
Toquei a antologia; um antúrio, uma estrela...

Por um triz a tília tremeu, triste!
À tarde, ao horizonte, chorei o mito,
Lá estava o vestido hirto e esterno...
Beijei tua marca, teu tudo, a história...

Neste túnel está o nosso pretérito
Tenho a cicatriz e tua veste antológica,
mas o destino nos tolheu por um triz.

Tarde!... Fim do túnel. No horizonte
tomei a taça; letras da antologia!
Tens tudo, tu és o mito do tempo!...

Machado de Carlos

Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1154427




Rua Copacabana


Ontem caminhando voltei a vislumbrar
Tudo que meu passado deixei
Pé de goiaba, manga, quintal e feira
Rua de terra, cheiro de chuva
Bambuzal , mamoneira e menina
Faceira
Inocência de brincadeiras
Esconde-esconde, amarelinha
Bolinha de gude, pião de madeira
As minha pipas queridas, cortante(cerol)
No varal no fundo da casa com lençol
Brancos e limpos
Céu de brigadeiro, Mandiopan
Carrinho de rolemã
Jabuticabeiras
Rua Copacabana, corri ela inteira
Ainda tenho um que daquele menino
Que ficava de bobeira, olhando o céu
Não almoçava e muito da mãe apanhava
Pois às vezes o uniforme da escola
Eu não tirava
Voltei ontem, por onde eu brincava


Ulisses Reis®




Diálogo Poético - Colaboradores: Sr. do Vale (pintura), Ianê Mello, Machado de Carlos-(Soneto),Ulisses Reis

6 comentários:

Anônimo disse...

Que bonito, Ianê!!!

Os olhos não podiam ver
o que a maturidade ensina
O que restava era crer
numa beleza cristalina

Beijinhos
Glória

Anônimo disse...

Ficou bonito seu poema, Ianê, muito semelhante, em ritmo e forma, com um outro que fez. Parabéns.
Grande abraço,

Ianê Mello disse...

Gloria e Rodrigo,

obrigada pela presença e comentário.

Bjs.

Anônimo disse...

Poemas fantástico com detalhes marcantes.
Maravilhosos.
Parabénssssssssssss.
Um lindo domingo.
Beijokas.

Insana disse...

Lindo ..

Bjs
Insana

Anônimo disse...

Que bela postagem,viagei nesse poema.
Só podia ser o Machado,quem mais?
Um beijo grannnnnnnnnnnde

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