Deixa, singela flor, que o sol te esqueça
E a lua te conforme os sentimentos;
Que a noite novo
alento te forneça
’Squecendo os
velhos ásperos tormentos.
Permite que os
mais rudes pensamentos
Naveguem noutros
mares e te aqueça
A sombra desses
cálidos momentos
Que a vida, em
casos raros, desconheça.
Entrega, flor
cheirosa, o teu perfume
Aos montes onde
quase tudo assume
A forma mais
sublime da pureza.
Repousa sob os
olhos da vigia
Que herdou do
pai o ofício, e a agonia,
De ser serva de
humana realeza.
RODRIGO DELLA SANTINA
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