Eu queria ser
O poeta da singeleza da simplicidade
(Não à moda de Manuel)
Eu queria também
O ritmo perfeito
A música jamais ouvida
Eu queria que os meus versos
[Quando magoassem
outro peito]
Como a flecha do Filho de Afrodite
Deixassem-no chorar sua pureza, sua mácula, seus rubis.
Cicatrizado,
Que o deixassem pulsar os rastros subcutâneos da rima
— Como o sino de uma Catedral.
Eu queria que os meus versos, caro Walt,
Pudessem acordar Adamastores...
RODRIGO DELLA SANTINA
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