O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




domingo, 18 de julho de 2010

Instinto Maternal



Sozinho  e com o corpo ao relento
pareces um menino sem rebento
Olhos fitos no vazio da angústia
Corpo como um feto não nascido
O que esconde nesses olhos  que não veem?

Que segredos quererá compartilhar
Será que ao ver à sua frente os olhos de mulher
esboçaria reação alguma em seu olhar?
Ou a indiferença permaneceria
nessa noite escura e fria

Corpo inerte e sem vida
jogado numa cadeira
de uma casa
de um lugar qualquer

Abandonado, sozinho
perdido em seu caminho
sua mãe poderia ser...
Te embalaria nos braços
te envolveria num abraço
sem mais tempo a perder.

Doce menino franzino
que homem puderas ser?



Ianê Mello



Uma homenagem  à bela pintura do querido amigo Vino Morais.
http://vinoartes.blogspot.com/
 Diálogo Poético - Colaboradores: Vino( pintura, Ianê Mello( poema) 

3 comentários:

Lou Albergaria disse...

Belo Poema! E a pintura do Vino é maravilhosa!!!

Já havia visto esse post em seu LABIRINTOS DA ALMA.

Parabéns pela linda poesia e pela lembrança da Arte do Vino!

Beijos!!!!

Zélia Guardiano disse...

Belíssimo, Ianê!
Aliás, como tudo que escreves...
Parabéns!!!
Abraço, querida

Ianê Mello disse...

Obrigada, amigas.

Grande beijo.

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